24 de março de 2011

ÁGUA FONTE DE VIDA



A vida na Terra depende totalmente da água e o homem necessita no mínimo de 50L diários. Mas existem desigualdades nos padrões de seu consumo. Um cidadão americano consome em média 250 a 300L de água diários e em outros países ele sobrevive com menos de 9L diários. Mais de milhões de pessoas carecem do acesso a água potável e 2.400 milhões carecem de saneamento adequado. Há 31 países que padecem da carência de água, e outros 17 irão ser adicionados a esta lista até 2025. Esta situação levará a água a um papel muito importante neste século, como o petróleo foi no século passado, tornando seus mercados tão valiosos e politizados, como aquele dos combustíveis fósseis. A demanda mundial da água vem duplicando a cada vinte anos, em ritmo duas vezes maior do que a taxa de crescimento populacional mundial. A água para o consumo humano não está disponível devido sua escassez e por estar contaminada e/ou poluída, em conseqüência das inúmeras atividades humanas. As mudanças climáticas e desertificação também vêm afetando a disponibilidade de água. O seu acesso é um direito humano e nada e ninguém deve se apropriar deste direito. As empresas transnacionais vêm tendo lucros imensos e acessos cada vez maiores à privatização, ao condicionarem seus auxílios aos países pobres e em desenvolvimento. Muitos travam batalhas contra esta privatização propondo novos modelos de propriedades e gestão baseados em sistemas comunitários, adequados as necessidades das populações mais pobres. Outros se concentram quanto a diminuição do consumo, na reutilização da água e na restauração dos rios. Nos países de primeiro mundo, o oferecimento de água potável é público, contudo, para países pobres, existem Instituições Internacionais incentivadoras da privatização dos serviços de água potável, porque alegam que seus setores públicos são supostamente incompetentes. Mesmo com a diferença dos enfoques econômicos convencionais, questiona-se os padrões do uso da água. Tem sentido regar os jardins ou lavar os automóveis com água potável, enquanto a escassez da água é cada vez maior? Medidas imediatas devem ser efetivadas: resolver os desequilíbrios entre a oferta e a demanda; propor formas inovadoras para satisfazer as necessidades humanas da água; conservar a qualidade e quantidade da água; inverter as práticas convencionais de planejamento, projetando metas específicas viáveis e convenientes, com tecnologias limpas e maior democracia nas decisões relativas ao uso da água.
Convocamos o caro leitor para participar de uma gestão comunitária da água, enquanto que os verdadeiros responsáveis continuam com seus “preciosos” discursos, atividades morosas devido ao escasso recurso financeiro (?), buscando somente destaques pessoais, além dos ciúmes de competências. Não é difícil, mude seus hábitos, não se esconda no princípio de que outros não fazem, porque eu deverei fazer. COLABORE.

Tiago Bispo da Silva
Fraternidade sementes da paz
Itabuna-Bahia

O Espelho da perfeição


Aqui começa o Espelho da Perfeição do estado de frade menor

Depois que se perdeu a segunda Regra escrita por São Francisco, ele subiu a um monte em companhia de Frei Leio de Assis e Frei Bonizo de Bolonha para redigir outra, que fez escrever na forma que Cristo lhe inspirou. Mas, cientes do fato, vários ministros vieram ter com Frei Elias, então vigário do santo, e lhe disseram: "Soubemos que este Frei Francisco está compondo uma nova Regra e tememos que ele a faça tio rígida que não possamos observá-la. Queremos, portanto, que vás até ele e lhe digas, de nossa parte, que não queremos sujeitar-nos a esta Regra. Que ele a escreva para si mesmo, e não para nós'.

Frei Elias lhes' respondeu que não se atreveria a ir sozinho, pois temia as recriminações de São Francisco. Como os ministros insistissem, declarou-lhes que só iria se eles o acompanhassem. Resolveram então ir todos juntos. Ao chegarem perto do lugar em que se encontrava o santo, Frei Elias chamou-o. São Francisco respondeu, mas, ao ver os ministros, indagou-lhe: "Que querem estes frades?" Ao que Frei Elias replicou: "Estes São ministros que souberam estares tu redigindo uma nova Regra e temem que a faças demasiado rigorosa; dizem e protestam que não querem ficar sujeitos a ela, que a escrevas para ti e não para eles”. Ouvindo isto, o santo voltou o rosto para o céu e falou a Cristo assim: "Senhor, eu não te disse que eles não acreditariam em mim?”

No mesmo instante ouviram todos a voz de Cristo no ar, que respondia assim: "Francisco, não há nada na Regra que seja teu, tudo que ela contém me pertence; quero, portanto, que esta Regra seja observada letra por letra, sem comentários, sem comentários, sem comentários". E acrescentou: "Eu sei até onde vai a fraqueza humana e até que ponto quero ajudar-vos. Deixem pois a Ordem os que não querem observá-la". Voltando-se para eles o santo exclamou: "Ouvistes, ouvistes, ou quereis que o faça repetir outra vez?” E os ministros, recriminando-se, se retiraram confusos e amedrontados.

22 de março de 2011

Santa Clara


Este Milagre é narrado na obra “A Legenda
de Santa Clara”, de autoria de Tomás de
Celano; o texto conta como Santa Clara
de Assis conseguiu expulsar as tropas sarracenas
do Imperador Frederico II de Suécia com o
Santíssimo Sacramento. Assim diz o texto:
“Pelotões de soldados e bandos de arqueiros
sarracenos, sombrios como harpias, estavam
acampados naquele lugar por ordem imperial,
com a finalidade de devastar os acampamentos e
conquistar a cidade. Um dia, durante um ataque
do feroz exército dos sarracenos contra Assis,
cidade particular do Senhor, eles irromperam nas
adjacências de São Damião, mais propriamente
no claustro das virgens. Os corações das monjas
se contraíram pelo terror e trêmulas de medo,
dirigiram os seus prantos à Madre Superiora
(Santa Clara), quem, com o coração intrépido,
ordenou que a pusessem, embora estivesse
doente, diante da porta, bem na frente dos
inimigos, trazendo uma caixinha de prata e
marfim, na qual estava guardado com suma
devoção o Corpo do Santo dos santos.
Prostrada em oração, entre
lágrimas, falou com o seu Senhor: “Ó Meu
Senhor, queres colocar as tuas servas indefesas
nas mãos dos pagãos, as mesmas, que por amor
a Ti, eu eduquei? Senhor, eu te peço, protege
estas tuas servas, porque eu sozinha não posso
salvá-las”. Imediatamente uma voz de criança,
vinda do Tabernáculo, sussurrou aos seus
ouvidos: “Eu as custodiarei sempre!”. “Meu
Senhor”, acrescentou, “protege também, se é a
tua vontade, esta cidade, que nos sustenta pelo
teu amor”. E Cristo lhe diz: “Terá que sofrer
duras penas, mas a minha proteção a defenderá”.
Então a virgem, ergueu o rosto banhado em
lágrimas e consolou as irmãs que estavam aos
prantos: “Eu garanto, minhas filhas, que não
sofrereis nenhum mal; somente tendes fé em
Cristo!” Não demorou muito e a audácia dos
agressores se transformou em espanto; e abandonando
apressadamente os muros que tinham
escalado, foram derrotados pela força daquela
mulher que rezava. Imediatamente Clara advertiu
as irmãs que tinham ouvido a voz: “Enquanto eu
estiver viva, cuidem-se bem, queridas filhas, de
comentar com qualquer pessoa sobre aquela voz”.

A perfeita alegria

Frei Orlando Bernardi, OFM

O apólogo da Perfeita Alegria de Francisco é, sem dúvida, o escrito que mais e melhor consegue traduzir as coordenadas fundamentais de sua espiritualidade e, por conseguinte, de toda a espiritualidade franciscana. Sua forma literária é extremamente bem cuidada, deixando transparecer muito da poesia e do lirismo que, de vez em quando, acometiam o santo. Outrossim, respira ainda o mundo medieval com todo o seu encantamento e, ao mesmo tempo, o ar misterioso dos esquemas simples, onde os valores e desvalores ocupam um papel de personagens que buscam o seu lugar no mundo, na Igreja e em cada história humana. Em todo o caso, para entender esse texto tão simples, à primeira vista, faz-se necessário colocar-se no horizonte da medievalidade e tentar aproximá-lo, o mais possível, dos grande momentos e resoluções assumidos pelo Poverello.

Eis o texto:

O mesmo (Frei Leonardo) contou que um dia o bem-aventurado Francisco, perto de Santa Maria dos Anjos, chamou a Frei Leão e lhe disse: “Frei Leão, escreve”. Este respondeu: “Eis-me pronto”. “Escreve – disse – o que é a verdadeira alegria”. Vem um mensageiro e diz que todos os mestres de Paris entraram na Ordem; escreve: não está aí a verdadeira alegria. E igualmente que entraram na Ordem todos os prelados de Além-Alpes, arcebispos e bispos, o próprio rei da França e o da Inglaterra; escreve: não está aí a verdadeira alegria. E se receberes a notícia de que todos os meus irmãos foram pregar aos infiéis e converteram a todos para a fé, ou que eu recebi tanta graça de Deus que curo os enfermos e faço milagres: digo-te que em tudo isso não está a verdadeira alegria. Mas, o que é a verdadeira alegria? Eis que volto de Perusa no meio da noite, chego aqui num inverno de muita lama e tanto frio que na extremidade da túnica se formaram caramelos de gelo que me batem continuamente nas pernas fazendo sangrar as feridas. E todo envolvido na lama, no frio e no gelo, chego à porta, e depois de bater e chamar por muito tempo, vem um irmão e pergunta: “Quem é?” E eu respondo: “Frei Francisco”. E ele diz: “Vai-te embora; não é hora própria de chegar, não entrarás”. E ao insistir, ele responde: “Vai-te daqui, és um ignorante e idiota; agora não poderás entrar; somos tantos e tais que não precisamos de ti”. E fico sempre diante da porta e digo: “Por amor de Deus, acolhei-me por esta noite”. E ele responde: “Não o farei. Vai aos crucíferos e pede lá”. Pois bem, se eu tiver tido paciência e permanecer imperturbável, digo-te que aí está a verdadeira alegria, a verdadeira virtude e salvação da alma”.

Na verdade, ao longo da história esse texto de prestou para interpretações variadas, desde as mais simples até as elaborações mais esmeradas e complexas. As primeiras vêem nesse texto uma admoestação aos seguidores do santo, afirmando que é preciso sofrer desenganos e decepções, até dos próprios irmãos, para alcançar a verdadeira paz interior e a alegria no Senhor. As outras percebem no texto uma proposta essencial segundo a qual o santo, de modo algum, se acomoda aos princípios e modelos de viver e atuar assumidos pela Igreja e pelo mundo de então. De acordo com essa interpretação o princípio fundamental do viver franciscano é o Evangelho e a maneira de agir é a de Jesus Cristo.

Gostaríamos de enfocar o texto em outra direção, quer dizer: ver esse apólogo como uma análise em retrospectiva de como sua proposta inicial se desenvolveu até este momento. Seria algo como um resumo, ou quem sabe, uma análise em profundidade dos rumos que sua proposta de viver segundo o Evangelho e de seguir os passos de Jesus Cristo assumira até então. Por ser uma visão resumida o texto esconde, em suas entrelinhas, os grandes feitos e as graves decisões que adotara no início da caminhada.

As entrelinhas sugerem que não se pode ignorar que a aventura de Francisco se compõe de convicções que a modelam e de resoluções que a realizam. Entre as convicções certamente está em primeiro lugar aquela que aparece no Testamento como luz que ilumina e dá sentido a todos os passos decisivos de sua vida. É a convicção de tudo é colocado e visto sob a claridade da bondade e dom gratuito de Deus, dando-lhe a plena consciência de que esses passos foram conduzidos e quase realizados por Deus. O santo sentia-se de tal forma envolto pela graciosidade de Deus que a ele cabia apenas efetivar os passos sugeridos. Por outro lado, as convicções brotam como respostas desse envolvimento amoroso. A mais ousada e original foi a firme resolução de viver de acordo com a forma do Evangelho de Jesus Cristo. É ele que lhe traça o caminho a seguir para corresponder à convicção de sentir-se generosa e ternamente acarinhado por Deus.


Por último, é necessário incluir a certeza que o santo conquistou com a fidelidade ao projeto e com a coerência de uma vida como resposta ao amor de Deus, descoberto em Cristo e no mundo. Essa certeza diz respeito ao conhecimento e à identificação com o projeto de Jesus Cristo, pobre e crucificado. São esses dois passos que lhe conferem uma segurança tal de não necessitar de mais nada.

Sob esse pano de fundo pode-se então reler a parábola da Perfeita Alegria. A primeira e essencial conclusão que sobressai é que a medida da perfeita alegria encontra-se na coerência do seguimento a Cristo, pobre e crucificado. É ela que servirá de parâmetro para Francisco e seus seguidores. É claro que a semelhante medida não encontra respaldo nem na sociedade e nem mesmo na Igreja. Daí que no apólogo, velada mas firmemente, se renega o sucesso imediato do crescimento da Ordem (os mestres de Paris entram nela; entram também prelados, bispos e reis – além disso “somos tantos e tais”...); bem como se renegam as conquistas no campo pastoral (conversão de nações, pregação ao mundo inteiro, martírio de frades...); negam-se sobretudo as graças de Deus para fazer milagres, curar enfermos. Acentua-se, sim, que o seguimento de Cristo pobre e crucificado possui uma lógica própria e que impede o impor-se pela autoridade (Francisco não é reconhecido como fundador), ou exaltar-se agressivamente diante da negação do porteiro. A lógica do seguimento e da cruz leva a aceitar tudo isso e muito mais, porque é dessa serena aceitação que brota a paz e a perfeita alegria.

A coerência com as convicções e resoluções introduziu a construção dessa nova e audaciosa proposta cristã de viver um cristianismo original e contundente. Dentro disso se entende como a indicação do porteiro para que Francisco se dirija aos crucíferos o leva novamente para situar-se na periferia e na marginalidade como o lugar do constante retorno. É a partir desse novo “centro” que a espiritualidade franciscana assume os contornos do rosto de Francisco. Quem sabe, caberia aqui reler o tão citado texto de Celano: “Comecemos, irmãos, porque até esse momento pouco ou nada fizemos” (1Cel 103), dentro da lógica do seguimento e da cruz. Certamente esse texto levaria à conclusão que até esse momento os franciscanos pouco ou nada fizeram porque não conseguiram criar situações novas e criativas de cristianismo, conforme a proposta de Francisco. Por isso é necessário começar novamente. Hoje, entre os franciscanos fala-se tanto em novos areópagos, mas nada de novo e criativo aparece, certamente porque ainda são vistos apenas sob o prisma do sucesso e do esplendoroso e não sob a lógica do seguimento e da cruz.

Por mais independente e autônomo que esse texto da parábola possa parecer, contudo, ele se aproxima bastante da Admoestação 5, em que se fala que “ninguém deve orgulhar-se de suas virtudes ou grandezas, mas antes cada qual deve orgulhar-se na cruz do Senhor”. Dentro da visão cristológica o ser humano “é criado e formado à imagem de seu querido Filho segundo o corpo e à sua semelhança segundo o espírito”. Francisco sai do esquema tradicional da criação do homem à imagem e semelhança de Deus. Para ele, Deus se faz presença no Cristo, daí que os dons e prerrogativas são propriamente os do Evangelho: pobreza, humildade, paciência, etc. Por isso, o ser humano, criado e formado à imagem de Cristo, aponta para a imagem e semelhança com quem Cristo se identifica: os pobres, os famintos, os nus, os presos e doentes, enfim, os crucificados da vida, quer pelos sistemas sociopolítico-religioso, quer por outras estruturas que fabricam dependência, fome e misérias (cf. Mt 25,31-46). Mais uma vez a lógica da cruz aparece como o parâmetro do agir cristão.

Além disso, o texto da Perfeita Alegria respira o ara das bem-aventuranças evangélicas, principalmente aquela que diz: “Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, por minha causa, disserem todo tipo de calúnia contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque grande será a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12). É preciso lembrar-se que essa é a oitava bem-aventurança, daquele conjunto que começa: “Felizes os que têm espírito de pobre...” Alegria e pobreza só encontram lugar e somente contam dentro de um esquema em que prevalece a lógica da encarnação e da cruz. É esse também o esquema de Francisco e de sua perfeita alegria, por isso a espiritualidade que brota dele fomenta sempre mais a capacidade de viver na alegria gratuita do Espírito. Com certeza será esse esquema que manterá a força de opor-se ao forte e globalizado programa do mercado, cujos valores são os antípodas da alegria franciscana, que coloca sua maior força na convicção, sempre de novo renovada e anunciada, de que a esperança do pobre não está fadada a permanecer estéril. Com isso claramente se afirma que a verdadeira alegria é a dos pobres, porque esperançosa e utopicamente confiam que haverão de ainda ver o seu dia despontar no horizonte de Deus.

Também não é fora de propósito aproximar o texto do apólogo ao capítulo 16 da Regra não-Bulada, que fala das missões entre os infiéis. Ao insinuar que os triunfos da fé e o sucesso da pregação devem ser equacionados com a lógica da pequenez e da cruz, Francisco dá as coordenadas para a ida e o trabalho missionários. Por eles se fica conhecendo como o santo se distanciava dos ideais das cruzadas e dos triunfos pastorais da Igreja. Com isso veladamente se repropõe, em toda sua pureza originária, a experiência do Evangelho. Como pregadores e portadores da paz “se abstenham de rixas e disputas, mas sejam submissos a toda humana criatura por causa de Deus e confessem serem cristãos” (16,16). Para o santo a pregação deve entrar apenas quando os missionários perceberem que é agradável a Deus pregar. Daí em diante, e só então, podem entregar-se à tarefa da conversão. O critério último continua sendo apenas Deus.

Alargando um pouco o horizonte certamente é possível descortinar uma semelhança entre o texto da Perfeita Alegria e o grande hino de louvor e de ação de graças do capítulo 23 da Regra não-Bulada. Sendo esse último fundamentalmente um grandioso e solene hino de ação de graças e louvor, convida o mundo criado a cantar o Senhor. O texto reúne, além disso, as classes sociais do mundo medieval para proclamar a grande festa da vitória de Deus. Tenta-se, desse modo, aglutinar a imensidão dos eleitos e amados de Deus que, exultantes de júbilo, cantam a alegria de Deus pela salvação realizada pelo Filho no Espírito Santo. O Poverello convida seus irmãos a se unirem neste hino universal cósmico e a proclamarem:

Onipotente, altíssimo, santíssimo e sumo Deus... por ti mesmo te damos graças porque... criastes todas as coisas, espirituais e corporais... E porque todos nós, míseros e pecadores não somos dignos de te nomear, súplices imploramos que Nosso Senhor Jesus Cristo... juntamente com o Espírito Santo Paráclito, te dê graças de tudo, como te agrada a ti e a ele, por quem fizestes tantas coisas para nós. E a gloriosa Mãe beatíssima Maria... e todos os santos que foram, serão e são, por teu amor, humildemente suplicamos a fim de que, como te agrada, te dêem graças por esses benefícios, a ti sumo verdadeiro Deus, eterno e vivo, com teu Filho caríssimo, Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo Paráclito, pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia (RnB 23,1-6).

Essa não é apenas uma visão universal, mas compartilha antes das visões apocalípticas, onde se proclama a esperança das renovações cósmicas de novos céus e de nova terra e, portanto, se afirma a alegria como jubilosa notícia. Na verdade, a espiritualidade franciscana possui como convicção fundamental afirmar a capacidade de viver na alegria gratuita do Espírito e isso porque acredita firmemente que tanto o ser humano como sua história ainda não alcançaram o seu ponto máximo quanto a criatividade e transformação. Por isso, também continua a afirmar a atualidade dos sonhos e das utopias de um mundo mais conforme os planos do Criador, manifestados na pregação de Jesus do Reino de Deus. Com Francisco essa espiritualidade repropõe, sempre de novo, o princípio-esperança como a chama renovadora da criatividade e da gratuidade, como geradora de beleza, bondade, alegria e paz. Por causa disso, com jubilosa convicção, os franciscanos podem reafirmar que, com Francisco, é necessário reencantar-se de futuro e de esperançosa alegria para então reencantar o mundo porque ainda resta firme e forte a esperança dos pobres de que o projeto de Jesus a respeito do Reino se realizará.

Tiago Bispo da Silva
Fraternidade Sementes da Paz
Itabuna-Ba

O crucifico de São Damião

O Crucifixo de São Damião foi pintado no século XII por um desconhecido artista da Úmbria, região da Itália. A pintura é de estilo romântico, sob clara influência oriental: o pedestal sobre o qual estão os pés de Cristo pregados separadamente; e de influência siríaca: a barba de Cristo; a face circundada pelo emoldurado dos cabelos; a presença dos anjos e cruz com a longa haste segurada na mão, por Cristo (só visível na pintura original), no alto, encimando a cruz
.
O Crucifixo de São Damião




O Crucifixo original de São Damião está guardado com grande zelo pelas irmãs Clarissas, na Basílica de Santa Clara de Assis, e é visitado por estudiosos, devotos e turistas do mundo todo. É um monumento histórico franciscano e universal.

Outros dados:
Sem o pedestal, o Crucifixo original mede dois metros e dez centímetros de altura e um metro e trinta centímetros de largura.

A pintura foi feita em tela tosca, colada sobre madeira de nogueira.

Naquele tempo, nas pequenas igrejas, o Santíssimo não era conservado, isto é, a Eucaristia não era guardada mas, consumida no dia. Por isso, supõe-se que Crucifixo foi pendurado no ábside sobre o altar da capela, no centro da Igreja.

Provavelmente o Crucifixo permaneceu na Igreja de São Damião até que as Irmãs Pobres, em 1257, o levaram consigo à nova Basílica de Santa Clara. Guardaram-no no interior do coro monástico por diversos séculos. No ano de 1938, a artista Rosária Alliano restaurou o Crucifixo com grande perícia, protegendo-o inclusive contra qualquer deterioração.

Desde 1958 ele está sobre o altar, ao lado da capela do Santíssimo, na Basílica de Santa Clara, protegido por vidro.

Descrição detalhada da pintura
Descobre-se, à primeira vista, a figura central do Cristo, que domina o quadro pela sua imponente dimensão e pela luz que sua esplêndida e branca figura difunde sobre todas as pessoas que o circundam e que estão todas vivamente voltadas para Ele. Esta luz vivificante que brota do interior de sua Pessoa (Jo, 8,12) fica ainda mais destacada pelas fortes cores, especialmente o vermelho e o preto.

Também impressiona este Cristo ereto sobre a cruz e não pendurado nela, com os olhos abertos, olhando o mundo.

Apresenta ainda uma auréola de glória com a cruz triunfante oriental em vez de uma coroa de espinhos, porque tornou-se vitorioso na paixão e na morte.

Aparecem os sinais de crucificação e as feridas sangrentas mas o sangue redentor se derrama sobre os anjos e santos (sangue das mãos e dos pés) e sobre São João (sangue do lado direito).

Cristo se apresenta vivo, ressuscitado (Jo 12,32), de pé sobre o sepulcro vazio e aberto (indicado pela cor preta), visível por trás. Com as mãos estendidas, Cristo está para subir ao céu (Jo 12,32).

A inscrição acima da cabeça de Cristo, “Jesus Nazarenus Rex Judaeorum” Jesus Nazareno Rei dos Judeus é também própria do Evangelho de João.

Sobre a inscrição, está a ascensão em forma dinâmica, na figura do Cristo ascendente, com o troféu da cruz gloriosa na mão esquerda (só visível na pintura original) e com a mão direita para a mão do Pai, no céu.

Do alto, a mão direita do Pai acolhe o seu Filho, circundado dos anjos (e santos) na glória celeste.

As cores vermelha e púrpura são símbolos do divino; o verde e o azul, do terrestre. Para “ver” bem o conjunto da pintura, deve-se realmente parar diante do Crucifixo pois, ordinariamente, olha-se a imagem somente, de longe, como “turistas”.

À direita do corpo de Cristo, aparecem as figuras de Maria e João, intimamente unidas, enquanto Maria indica o discípulo predileto com a mão direita (Jo 19,26). À esquerda, estão as duas mulheres, Maria Madalena e Maria de Cléofas, primeiras testemunhas da ressurreição (Jo 19,25).

E, embora Maria, à direita e Maria Madalena, à esquerda, ergam a mão direita no rosto em sinal de dor, nenhuma das outras pessoas próximas, manifesta expressão de sofrimento profundo mas uma adesão cheia de fé ao Cristo vitorioso, Salvador.

À direita das duas mulheres vê-se o centurião com a mão erguida, olhando para o Crucifixo. Com esse gesto está a dizer: “Verdadeiramente este é o Filho de Deus”.

Sobre os ombros do centurião aparece a cabeça de uma pessoa em miniatura, cuja identidade se discute: poderia ser o filho do centurião, curado por Jesus (Jo 4,50) ou um representante da multidão ou ainda, o autor desconhecido da pintura.

Aos pés de Maria e do centurião, vê-se o soldado chamado Longino que, pela tradição, com a lança traspassa o lado de Jesus e, o portador da esponja, chamado de Estepatão, segundo a tradição (Jo 19,29). Ambos estão voltados para o Crucifixo.

Debaixo das mãos de Jesus, à direita e à esquerda, encontram-se dois anjos com as mãos erguidas, em intenso colóquio. Parecem anunciar a ressurreição e ascensão do Senhor.

As duas pessoas, à extrema direita e esquerda, parecem anjos ou talvez mulheres que acorrem ao sepulcro vazio.

Aos pés de Jesus a pintura original encontra-se muito deteriorada. É provável que seja: São Damião, São Rufino, São João Batista, São Pedro e São Paulo. Acima da cabeça de São Pedro, está a figura do galo (só visível na pintura original), a lembrar a negação de Pedro a Cristo (Jo 13,38; 18, 15-27).

As pessoas aos pés de Jesus têm a cabeça erguida para o alto, expressando a espera do retorno glorioso do Senhor, no juízo.

Deste Crucifixo descrito em detalhes, Francisco teve uma inspiração “decisiva” para a sua vida, diz Caetano Esser. Passamos a descrevê-la porque é deste fato que se originou a admiração que hoje temos ao Crucifixo de São Damião.

O Crucifixo fala a Francisco

O jovem Francisco encontrava-se numa crise espiritual, cheio de dúvidas e trevas. “Conduzido pelo Espírito”, entra na igrejinha de São Damião, onde se prostra, súplice, diante do Crucifixo. Tocado de modo extraordinário pela graça divina, encontra-se totalmente transformado. É então que a imagem de Cristo Crucificado lhe fala: “Francisco, vai e repara minha casa que está em ruína”.

Francisco fica cheio de admiração e “quase perde os sentidos diante destas palavras”. Mas logo se dispõe a cumprir esse “mandato” e se entrega todo à obra, reconstruindo a igrejinha. Depois pede a um sacerdote, dando-lhe dinheiro, que providencie óleo e lamparina para que a imagem do Crucifixo não fique privada de luz, mas em destaque naquele santuário.

A partir de então, nunca se esqueceu de cuidar daquela igrejinha e daquela imagem.

Francisco parecia intimamente ferido de amor para o Cristo Crucificado, participando da paixão do Senhor, de quem já trazia os estigmas no coração e mais tarde, em 1224, receberia as chagas do Cristo em seu próprio corpo.

Segundo Santa Clara, está visão do Crucifixo foi um êxtase de amor radiante e impulso decisivo para a conversão de Francisco.

Entre os estudiosos ainda existe uma dúvida a ser esclarecida: ao ouvir o Cristo do Crucifixo, Francisco pensa na igrejinha material de São Damião. Mas nada impede de se pensar que se trata do “templo de Cristo no coração de Francisco e nos corações dos homens”.

Enfim, a própria oração de Francisco diante do Crucifixo de São Damião sugere antes a reparação “espiritual” da casa do Senhor, crucificado no coração.

Tanto que ele pede especialmente pelas três virtudes teologais (fé, esperança e amor) para poder cumprir esse “mandato” de Cristo.

Irmãos menores

Os irmãos menores

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Um dos textos mais importantes escritos por Francisco de Assis certamente foi a Regra dos frades menores conhecida como ‘não bulada’, ou seja, que não recebeu a aprovação da Sé Apostólica. Os diferentes capítulos desta Regra exalam o frescor do Evangelho e nos colocam diante do espírito mais primitivo e mais fascinante da aventura franciscana.

1. Inegavelmente um dos pontos básicos da espiritualidade de Francisco, como de Clara, é a questão do minorismo. O tema está lapidarmente sintetizado no capítulo 6 da Regra não bulada: “E ninguém se denomine prior, mas todos, sem exceção, sejam chamados de irmãos menores. E um lave os pés do outro” (cf. Jo 13,14).

2. Jesus, nos evangelhos, não queria su¬perioridade entre os irmãos. O título dos que animam as fraternidades franciscanas é o de ministro, ou seja, daquele que serve. Isto é evangelho em estado puro. Os irmãos seriam menores. Francisco apoia-se ainda no evangelista João: os irmãos lavam os pés uns dos outros.

3. Tomás de Celano tenta elencar as características do irmão menor: é aquele que é submisso a todos, esco¬lhe serviços que não chamam a aten¬ção e não são cobiçados pelos outros (cf. 1Celano 38,4).

4. O minorismo se manifesta no propósito sincero de não se desejar cargos e postos de honra na vida e na Ordem. Os irmãos mostrar-se-ão disponíveis para os serviços que o Evangelho pedir e a Ordem solicitar e sempre com o espírito do lava-pés. Tal aparece claramente numa das Admoestações de Francisco: “Aqueles que foram constituídos acima dos outros se gloriem tanto deste ofício de prelado como se tivessem sido destinados para o ofício de lavar os pés dos irmãos. E se mais se perturbam por causa do ofício de prelado que lhes foi tirado do que por causa do ofício de lavar os pés, tanto mais ajuntam para si bolsas com perigo para a alma” (n. 4).

5. Essa disposição de lavação dos pés dos irmãos aparece no artigo da Regra da OFS que fala da animação por parte dos ministros: “Seu serviço, que é temporário, é um cargo de disponibilidade e de responsabilidade em favor de cada indivíduo e dos grupos” (n.21). O Ministro e o Conselho exercem o serviço do lava-pés: buscam os afastados, perdoam os que erram, cuidam com carinho dos que lhes são simpáticos ou menos simpáticos.

6. O minorismo e o espírito de serviço se manifestam de muitas maneiras na vida dos irmãos seculares:

• na convivência com as pessoas aquele que vive o minorismo dá lu¬gar ao outro, escuta o que ele tem a dizer, envida todos os esforços para que ele participe consciente e intensamente da aventura da vida;

• o irmão menor é aquele que não falta a uma reunião da Frater¬nidade, toma iniciativas de ajudar nos serviços em vista do brilho da caridade fraterna e para que todos se sintam bem;

• a pessoa que vive a espiritualidade do minorismo, em seus trabalhos pastorais mostra competência e se coloca à disposição dos outros, sem aparato, sem espírito de superiori-dade;

• os verdadeiros menores não ficam melindrados quando não são lembrados e mesmo quando são colocados de lado; o episódio da perfeita alegria é emblemático: o frade desprezado não reivindica seus direitos porque seu lugar é o último lugar;

• os irmãos menores não elevam a voz, agem com serenidade e falam sempre sem chamar atenção para si;

• os que vivem o minorismo servem: marido e mulher prestam serviços mútuos, os filhos servem aos pais e os pais se colocam à disposição dos filhos; os irmãos sadios da Fraternidade assumem os irmãos doentes, velam por eles, adivinham suas necessidades;

• os que são investidos de autorida¬de sobre os irmãos não exercem poder e dominação.

7. O tema do minorismo está vinculado ao da humildade. Os irmãos menores são humildes. Difícil descrever o que vem a ser a humildade. Quando alguém é humilde inspira simpatia, difunde bondade, cria laços entre as pessoas. Os franciscanos se sentem bem com os mais simples da terra. As admoestações de Francisco precisam bem o sentido da humildade que nada mais é do que verdade: “Bem-aventurado o servo que não se considera melhor quando é engrandecido e exaltado pelos homens do que quando é considerado insignificante, simples e desprezado, porque quanto é o homem diante de Deus, tanto é e não mais. Ai daquele religioso que é colocado no alto pelos outros e não quer descer por sua própria vontade. É bem-aventurado o servo que não é colocado no alto por sua própria vontade e que sempre deseja estar sob os pés dos outros” (Admoestação, 19).

Questões para o estudo em grupo:
1. O que mais chama sua atenção neste tema de estudo?
2. Jesus foi servo e servidor. Como Jesus concretizou seu serviço pela humanidade?
3. O que significa hoje lavar os pés dos outros?

Taise Barbosa
Fraternidade Semente da Paz
Iabuna -Ba

21 de março de 2011

desmatamento no Brasil

Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, o Brasil reduziu a área líquida desmatada em 20 anos, mas continua líder no ranking, seguido por Indonésia e Austrália. Cerca de 4 milhões de hectares são perdidos anualmente na América do Sul.[1][2]

Há três importantes fatores responsáveis pela desflorestamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.

No Brasil, os estados mais atingidos pela desflorestamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.


















A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).
[editar] Desmatamento na Amazônia
Desflorestamento para extração de madeira

O desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.

De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestamento, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005. Em contraste, as despesas orçamentárias com meio ambiente de toda a Amazônia foram oito vezes inferiores aos gastos efetuados pelo Estado de São Paulo em 2005.

desmatamento no Brasil

Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, o Brasil reduziu a área líquida desmatada em 20 anos, mas continua líder no ranking, seguido por Indonésia e Austrália. Cerca de 4 milhões de hectares são perdidos anualmente na América do Sul.[1][2]

Há três importantes fatores responsáveis pela desflorestamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.

No Brasil, os estados mais atingidos pela desflorestamento são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.

A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).
[editar] Desmatamento na Amazônia
Desflorestamento para extração de madeira

O desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.

De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestamento, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005. Em contraste, as despesas orçamentárias com meio ambiente de toda a Amazônia foram oito vezes inferiores aos gastos efetuados pelo Estado de São Paulo em 2005.

20 de março de 2011

Santa Rosa de Viterbo

Nasceu em uma família humilde de Viterbo. Afirmam seus biógrafos que desde tenra idade já manifestava experiências místicas. Viveu asceticamente e se impunha severas penitências.

Durante a disputa entre o Papa Inocêncio IV e o Imperador Frederico II da Germânia mostrou-se aguerrida defensora da Igreja.

Foi integrada ao martiriológio romano mesmo não tendo chegado a termo ser processo de canonização. Seu corpo, incorrupto e flexível, está na Igreja de Santa Maria del Poggio, de onde todos os anos na data de 4 de Setembro é carregado em procissão pelas ruas de Viterbo pelos chamados Facchini di Santa Rosa num espetáculo monumental.

É a santa padroeira da Juventude Franciscana.

Santa Rosa de Viterbo foi escolhida para ser a padroeira da Jufra do Brasil, sua festa liturgica é dia 06 de março, o dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 04 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa de Viterbo. No dia da festa de Santa Rosa, a Jufra do Brasil, comemora o DNJUFRA (Dia Nacional da Jufra).

Neste ano o dia Nacional da Jufra, no estado de São Paulo será comemorado no dia 04 de setembro.

Santa Rosa viveu na primeira metade do século XIII, em uma época de grande confrontos, de um lado surgia São Francisco de Assis, o irmão menor de todos, de outro o imperador Frederico II, o grande estadista, que governava com mão-de-ferro. Há um guerra de poderes, em um extremo o poder Espiritual, a Igreja, e de outro o mundo, o Imperador.

Não sabe-se muito bem o ano que Rosa, nasceu, alguns biógrafos situam em 1234 ou 1235. Mais, provável que tenha nascido em 1236, deduzindo-se, pois, morreu em 1253 com 18 anos incompletos. Seus pais trabalhavam em um mosteiro de Clarissas perto de sua casa, chamado São Damião. Desde cedo Rosa recebeu influência da espiritualidade Francisclariana em sua vida.

A medida que ela crescia, aumentava as suas orações. Muitas vezes passava longas horas da noite em contemplação. Durante o dia procurava os lugares onde poderia ficar em silêncio e entregar-se a oração. No dia 23 de julho de 1247, foi atacada por uma forte febre. Na sua cama de repente ajoelho-se e balbuciou o nome de Maria, ficou ali por um longo tempo, então levantou e sorriu, estava sem febre. Contou então que a Virgem lhe apareceu e lhe confiara uma missão: visitar as igrejas de São João Batista, Santa Maria do Oiteiro e São Francisco. E depois da Missa fosse pedir sua admissão na Ordem da Penitência de São Francisco - hoje chamada de Ordem Franciscana Secular.

No ano de 1247 a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II. A cidade estava nas mãos do hereges, negavam a autoridade do Papa, e o poder do Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Então em oração Rosa teve uma visão do crucificado e seu coração ardeu em chamas. Rosa não se conteve, saiu pelas rua para pregar com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade, muitos sentiram-se estimulados na fé, e vários hereges se converteram, confundia até os mais preparados.

Devido a sua pregação diária, Rosa representava uma ameaça para as autoridades da cidade, então em 1250 o prefeito assinou uma ordem, condenado Rosa ao exílio, afirmando que ela ocasionava revolta entre o povo. Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Nessa cidade Rosa se tornou uma verdadeira apostola, onde pregava o Evangelho a todos nas praças. Na noite de 4 para 5 de dezembro, Rosa recebeu a visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador morreria dentro de poucos dias. No dia 13 de dezembro o imperador Frederico II, faleceu.

Com a morte de Frederico II, o poder do hereges enfraqueceram e Rosa pode retornar a Viterbo, no início de 1252. Toda região vivia em paz. Rosa humildemente pode compreender que Deus a fizera "instrumento de sua paz".

No dia 06 de março de 1252, "sem agonia", Deus a chamou, e a "santinha" morreu...

No dia 25 de novembro de 1252 o Papa Inocêncio IV, por sua Bula "Sic In Sanctis", mandou instaurar oficialmente o processo de canonização de Rosa.

O Papa Inocêncio IV mando exumar o corpo de Rosa no dia 04 de setembro de 1257, e para a surpresa de todos, o corpo foi encontrado intacto, quase como se ela estivesse viva. Rosa foi transladada para o mosteiro de Clarissa, chamado depois disso, mosteiro de Santa Rosa.

Depois dessa cerimônia a Santa foi "canonizada" pelo povo.

O Papa Eugênio IV, e principalmente Calixto III, mandaram continuar os trabalhos do Processo de Canonização. Em 1457 o processo ficou pronto, mas Calixto III, morreu, sem que chegasse a promulgar o decreto de canonização. Curiosamente, a canonização de Rosa ficou nisso. Nunca foi oficialmente oficializada.. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Podemos dizer que ela, desde o momento de sua morte, foi canonizada pelo povo.

Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana. Desde o início da história da Jufra do Brasil, escolheu-se Santa Rosa de Viterbo como sua padroeira. A Padroeira dos jovens franciscanos seculares.

A mensagem de Santa Rosa continua atual, plenamente válida e urgente: conversão, mudança de vida, fidelidade ao Evangelho e a Igreja, amor e paz.
[editar] Oração

Deus, nosso Pai, à medida que nos transcorrem os séculos, vemos com mais clareza a vossa ação no mundo. Na verdade, vós sou um Deus fiel e agis com força e poder dentro da história dos homens, abalados por tantas contradições. Mas vós conduzis vosso povo através dos tempos. Moveis os corações dos homens para que encontrem a paz. E suscitais, segundo as necessidades de cada época, pessoas capazes de ler as entranhas dos tempos, pessoas fortalecidas com as vossas promessas antigas, mas sempre novas.

Por isso, Senhor, hoje nós vos suplicamos humildemente; a exemplo de Santa Rosa, façamos de nossa vida um tempo de conversão, de fidelidade a Deus e de amor à paz.

Santa Rosa Rogai a Deus por nós

QUARESMA TEMPO DE CONVERSÃO

A quaresma tem seu inicio na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, até a celebração da Missa da Ceia do Senhor Jesus Cristo com os doze apóstolos... os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência. O roxo no tempo da quaresma não significa luto e sim simboliza que a igreja está se preparando espiritualmente para a grande festa da páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma

Os valosres franciscano

Os valores da Espiritualidade Franciscana

Frei Regis Daher

Da vida e do modo de ser de São Francisco nasceu uma inspiração de vida, um caminho. A espiritualidade franciscana é fundamentalmente seguimento do Cristo pobre, humilde e crucificado. E o seguimento torna-se um encantamento, que por sua vez leva à configuração com o Cristo. Algumas características desta espiritualidade:

1. Espiritualidade evangélica
'A vida e a regra' franciscana é o próprio evangelho; vida de conversão para o evangelho.

2. Vida em fraternidade
'Deus me deu irmãos' - a fraternidade, entre irmãos e irmãs, que Deus nos deu, com todas as pessoas e com todas as criaturas.

3. Espiritualidade trinitária
Deus é o Sumo Bem; o Filho nosso irmão; o Espírito do Senhor e o seu santo modo de operar. Maria, o modelo: filha, mãe e esposa.

4. Sem nada de próprio
Seguir o Cristo pobre é a condição do nosso caminho. Livre para amar e servir, retirando tudo o que se interpõe entre as pessoas. O modelo é a encarnação do Verbo.

5. A minoridade
'Servo de toda humana criatura'; o serviço do lava-pés; a 'autoridade' evangélica.

6. A espiritualidade do trabalho
A 'graça' de trabalhar; trabalhar com as 'próprias mãos'; constrói a fraternidade; trabalhar como menores; trabalhar com 'devoção'; afugenta o ócio, inimigo da alma.

7. A contemplação franciscana
O espírito de oração e devoção que abrange toda a vida e a vida toda; rezar sempre e rezar a vida; rezar no mundo e no conflito; a mediação das criaturas. O eremitério e a solidão.

8. A evangelização franciscana
Evangelizar e deixar-se evagelizar; o 'evangelho vivo' do seguimento; é dom da vocação que se prolonga em missão; a fraternidade é o 'coração' da evangelização.

9. Espiritualidade eclesial e católica
A fraternidade vivida no seio da Igreja; é célula eclesial, integrada nos serviços e nos ministérios da Igreja. Católico: experimentar Deus e a sua graça em todo tempo e lugar.

10. A perfeita e verdadeira alegria
Acolher, integrar e transformar o 'negativo' da vida. A cruz, fonte da verdadeira alegria.

POSTADO PELA FRATERNIDADE SEMENTES DA PAZ DE ITABUNA-BAHIA

JOVENS E JOVENS

JOVENS E JOVENS

A juventude, os jovens de modo geral, têm sido assunto constante nos noticiários atuais.

Fala-se das jovens adolescentes que engravidam prematuramente...

De jovens perdidos no lodaçal dos vícios...

De jovens que põem fogo em índios e mendigos...

De jovens tresloucados, que se arrebentam em acidentes violentos nas competições ilegais, chamadas "rachas".

Quando lemos ou ouvimos tais informações, ficamos chocados com tantos desatinos e logo imaginamos o que será do futuro da Terra, se a juventude está perdida.

Todavia, os olhos e ouvidos interessados, podem ler ou ouvir vez que outra, uma tímida notícia de jovens que se dedicam com fervor ao bem geral.

São jovens cientistas premiados pelos esforços dedicados em busca de melhor qualidade de vida para enfermos anônimos...

Jovens que se entregam de corpo e alma às artes, exaltando o bem e o belo.

Com habilidade extraem sons melodiosos dos teclados...

Com graciosidade cantam, dançam, fazem acrobacias nas quadras esportivas...

Jovens saudáveis que dedicam o tempo a distrair e alegrar pessoas idosas e enfermas enclausuradas em velhanatos...

Adolescentes que se chocam com a miséria do próximo e envidam esforços para minorar-lhes o sofrimento...

Tantos são os jovens que são arrimo da família. Que trabalham de sol a sol na lavoura, regando com o próprio suor a terra generosa de onde retiram o sustento...

Jovens médicos que, com mãos hábeis, fazem cirurgias extraindo tumores dos corpos, sem deixar vazio o coração dos pacientes desesperados.

Jovens que, apesar de conquistarem a fama, não se permitem a promiscuidade nem se prestam a promover produtos que incitam aos vícios nem aos desregramentos na área da sexualidade.

Jovens que falam do Cristo e buscam viver Seus ensinos..

Como podemos perceber, há jovens e jovens...

Se o bem fosse mais divulgado, certamente seria imitado e adotado como postura por tantos jovens indecisos, inseguros, que acabam se decidindo pela maioria, ou pelo que pensam ser a maioria.

Assim, tenhamos a certeza de que a juventude não está perdida e que o futuro já está acontecendo hoje, com essa força juvenil saudável e entusiasta, capaz de derrubar as estruturas apodrecidas da sociedade em que vive e fortalecer os costumes sadios e promissores vigentes.

...............

Ser jovem é não ter cumplicidade negativa com o passado. É não se deixar contaminar pelos hábitos viciados de outras gerações.

Ser jovem é viver com entusiasmo, semeando alegria com discernimento.

A juventude é a primavera da vida, e jovem sem entusiasmo é como uma flor sem perfume, que tende a ser derrubada pelos primeiros ventos do inverno.

Portanto, o jovem para ser feliz, deve erguer bem alto a bandeira da solidariedade, da fraternidade e da verdadeira liberdade, que é a paz da consciência tranqüila

TIAGO BISPO DA SILVA FRATERNIDADE SEMENTES DA PAZ ITABUNA BAHIA
SUBSECRETARIO REGIONAL NORDESTE B4

Convivio Fraterno Regional Ne B4

OFS e JUFRA: viver os novos desafios do Carisma Franciscano.

No século XIII, Deus suscitava na Igreja, partindo do íntimo, juvenil e cordial coração de Francisco: O CARISMA FRANCISCANO. Filho de Pedro Di Bernadone, burguês que acreditava na promoção pessoal através de acumulo de bens materiais, na cidadezinha de Assis no centro da Itália, ele muda o coração e começa um estilo novo, um voltar-se de novo para Cristo, para seu tempo e para o que os homens tinham se esquecido. Algo até então só visto na historia do cristianismo no surgimento da vida monástica, no deserto, nos idos do século IV d. C. que então lutava pela busca de santidade, conversão pessoal, ascese e contemplação como estilo de vida radical e pobre. No seu tempo, Francisco inaugura uma forma vitae (forma de vida) que em alguma face se aproxima deste estilo monástico, mas que oferece muito ao contexto histórico em que está radicado e de certa maneira é uma novidade ou uma boa nova a ser anunciada a todos.

Os primeiros a serem anunciados e a anunciar isto, são os jovens que seguem o modelo desconhecido e empolgante que marcava o coração e a alma de quem via ou encontrava aquele poverello a percorrer caminhos diferentes e esquecidos. Talvez a grande notícia que este homem de Assis traga para os seus contemporâneos seja esta: a possibilidade de ser cavaleiro, ser caminhante, peregrino, andante ou mendicante nestes caminhos que ora se encontravam escurecidos sem a presença do Amor. É este caminho que Francisco aponta aos jovens de seu tempo que se propõem a andar na ordo minorum (Ordem dos Menores), como simples irmãos e mães uns dos outros. Sendo assim cavaleiros e esposos da mais bela Dama e Senhora, a pobreza.
O legado franciscano que nasce neste século, percorre todos os momentos da história humana até chegar aos nossos dias. Sabendo de sua importância, muitos jovens hoje buscam ingressar nas vias do pobre de Assis, nas camadas mais diversas do seguimento, (Ordem 1ª: OFM, OFM-Cap, OFM-Conv; Ordem 2ª: Clarissas e Ordem 3ª: OFS e Jufra) “abandonam tudo” por este ideal de vida, renunciam ao mundo e se travam a desbravar o caminho mais árduo e desconhecido que é o coração humano. No molde de São Francisco buscamos encontrar o rosto pobre, humilde e crucificado de Cristo dentro de cada irmão que encontramos na vida, desde os mais amigos, aos desconhecidos e esquecidos da sociedade.

Reviver o carisma desde o seu nascimento, reencontrar os irmãos na Seráfica Ordem, redirecionar o caminho e revisar a vida é típico caminho franciscano. Que nestes dias de festa e comemoração do nascimento da espiritualidade franciscana, todos os irmãos possam se encontrar ou viver de novo o seu chamado, a sua fonte originária de seguimento e missão, o momento crucial em que fomos tocados a seguir o Jesus Cristo da cruz nas pegadas de São Francisco de Assis. É tempo de voltar ao primeiro amor, de bater a poeira acumulada nos pés de reorganizar a bagagem para poder seguir viagem sem medo ou desanimo. 800 anos de carisma e mais desafios a superar e caminhos adversos a percorrer. Contamos sempre com a intercessão do nosso Serafim de Assis, que ele cuide de nossas fraternidades que não nos falte a coragem de servir. “Enquanto tivermos tempo façamos o bem” (São Francisco).

REFERENCIA:FERNANDO LUIZ FRATERNIDADE SENHORA SANTANA REGIONAL NE A3 PB/RN
POSTADO POR TIAGO BISPO DA SILVA FRATERNIDADE SEMENTES DA PAZ ITABUNA BA
SUBSECRETARIO DISTRIT SUL REGIONAL NE B4

Campanha da Fraternidade 2011

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!

Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.

Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.

Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.

Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.

Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.

E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.
Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.

CÂNTICO DAS CRIATURAS SÃO FRANCISCO DE ASSIS!

Altíssimo, onipotente e bom Deus, teus são o louvor,
a glória, a honra e toda benção.

Só a Ti, Altíssimo, são devidos, e homem algum
é digno de Te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas.

Especialmente o irmão Sol, que clareia o dia
e com sua luz nos ilumina.

Ele é belo e radiante, com grande esplendor de Ti,
Altíssimo é a imagem.

Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas,
que no céu formastes claras, preciosas e belas.

Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Vento,
pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo,
pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.

Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Água,
que é muito útil, humilde, preciosa e casta.

Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e alegre, vigoroso e forte.

Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e nos governa, e produz frutos diversos,
e coloridas flores e ervas.

Louvado sejas meu Senhor, pelos que perdoam
por Teu amor e suportam enfermidades e tribulações.

Bem-aventurados os que sustentam a paz, que por Ti,
Altíssimo serão coroados.

Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.

Ai dos que morrem em pecado mortal!

Felizes os que ela achar conforme a Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai e bendizei ao meu Senhor, e daí-lhes graças
e servi-O com grande humildade.

Amém

17 de março de 2011

A humanidade anseia nova terra


Como diz o livro do Gênese: Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era bom. Mas observamos hoje a vida e a natureza exposta a poluição, os peixe morrendo a cada dia nos rios, estão se extinguindo espécies animais. E como conseqüência, temos inverno mais quente e verão mais frio.
Onde a chuva caia quase todo dia já não chove mais, resta apenas o sol abrasador rachando o leito dos rios secos sem um pingo d’água. Vemos o desperdício todo dia, água pingando na torneira, caindo no chuveiro, papel jogado no chão e a sujeira tomando conta do ribeirão.
Os incidentes que ocorreram ultimamente no Rio de Janeiro e em São Paulo nos leva à crer, que com a força da natureza não se pode brincar. E nas encostas da favela torna-se difícil de viver e aquele povo que além do drama de não ter o que comer tem que enfrentar a dor de ao voltar do trabalho assistir em minutos fracionado a sua casa cair, tantos anos de batalha junto com o barro descer.
E sem contar a dor de perder seus familiares e amigos desta forma a criação geme em dores de parto.
Meio ambiente a responsabilidade é nossa. Não dar pra pensa só no eu e esquecer os outros que estão vindos depois. Pois tudo que se planta colhe e o tempo só retribui o mal que a gente faz.
Tem muita água faltando no planeta e economia não é coisa de careta. Pois do jeito que vai daqui a pouco já não terá mais pra ninguém. Por isso fica um questionamento “o que será das gerações que vira depois de nós”?
É tempo de pensar no verde, regar aquela semente que ainda não nasceu, deixar em paz a Amazônia e preservar a vida. Como dizia São Francisco fazer tudo de novo e o padre Fabio de Mello acrescenta, pois a dor que dói no mundo já não pode esperar.
Esperamos com esta mensagem a conscientização, pois a humanidade anseia uma nova terra.
Jucivana Silva de Jesus
Secretária local da Jufra de Jequié

16 de março de 2011


HELENA

Helena não tinha carro importado
E não morava no Leblon
Helena não usava roupas caras
e nem morava em casarão
Helena não tinha cabelo escovado
e nem frequentava o salão.

Helena morava em um barraco
que mal tinha telhado
mas possuía uma televisão
Helena assistia a todas as novelas
e desejava ser a dançarina do Faustão

Helena negra, pobre e doente morreu por
falta de nutriente para se alimentar.

Helena que Manuel Carlos não conheceu
e a televisão não quis revelar.
Por que será???

Gésus de Almeida ¨Trindade

Secretário Fraterno Regional – NEB4

13 de março de 2011

Depoimento de Rafael Chaves Barreto



A jufra iniciou na minha vida como uma simples reunião de grandes amigos. Com o tempo foi ganhando uma dimensão maior, fui conhecendo o propósito do ideal franciscano, e percebi que aqueles amigos passaram a ser irmãos. De modo que conseguimos conquistar novos irmãos através do nosso modo de viver. Com isso, criei um novo olhar pro mundo, passei a ver a natureza com uma criação magnífica do nosso Deus e que merece ser cuidada e amada como nosso pai seráfico fez. Além de ver as sensibilidades das pessoas, e a necessidade de ajudar e mostrar que podemos ser feliz, basta sabermos viver. A Jufra é uma proposta eternizada em minha vida

Rafael Chaves Barreto - Subsecretário rregional de Ação Evangelizadora NEB4

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